A pareidolia é um fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago e aleatório, geralmente uma imagem ou som, sendo percebido como algo distinto e com significado. É comum ver imagens que parecem ter significado em nuvens, montanhas, solos rochosos, florestas, líquidos, janelas embaçadas e outros tantos objetos e lugares. Ela também acontece com sons, sendo comum em músicas tocadas ao contrário, como se dissessem algo. A palavra pareidolia vem do grego para, que é junto de ou ao lado de, e eidolon, imagem, figura ou forma.
Em situações simples e ordinárias, este fenômeno fornece explicações para muitas ilusões criadas pelo cérebro, por exemplo, discos voadores, monstros, fantasmas, mensagens gravadas ao contrário em músicas entre outros. O fenômeno psíquico, diante de uma figura com dados aleatórios, pode variar segundo o ângulo do observador.
A pareidolia não representa somente fenômenos visuais mas também auditivos onde pessoas executam músicas no sentido contrário e ouvem palavras ou até mesmo sentenças inteiras. Apesar de existir uma técnica sonora de mascarar mensagens sobre uma gravação (conhecida como Backmasking), é comum muitos entenderem frases ou palavras onde só há um ruído incoerente.
O físico Carl Sagan aventou uma explicação no livro O Mundo Assombrado pelos Demônios:
“ Os humanos, como outros primatas, são um bando gregário. Gostamos da companhia uns dos outros. Somos mamíferos, e o cuidado dos pais com o filho é essencial para a continuação das linhas hereditárias. Os pais sorriem para a criança, a criança retribui o sorriso, e com isso se forja ou se fortalece um laço. Assim que o bebê consegue ver, ele reconhece faces, e sabemos agora que essa habilidade está instalada permanentemente em nossos cérebros. Os bebês que há 1 milhão de anos eram incapazes de reconhecer um rosto retribuíam menos sorrisos, eram menos inclinados a conquistar o coração dos pais e tinham menos chance de sobreviver. Nos dias de hoje, quase todos os bebês identificam rapidamente uma face humana e respondem com um sorriso bobo.
Como um efeito colateral inadvertido, o mecanismo de reconhecimento de padrões em nossos cérebros é tão eficiente em descobrir uma face em meio a muitos outros pormenores que às vezes vemos faces onde não existe alguma. Reunimos pedaços desconectados de luz e sombra, e inconscientemente tentamos ver uma face."
Abaixo: Foto do solo de Marte feito pela sonda Viking em 1976.
Texto base: Wikipedia.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
0 comments:
Post a Comment