Escrito em julho de 2011 com o título: "Por que sou a favor da Associação"
Seguindo a lógica do escritor Romeu Martins, falando sobre Steampunk, eu acho que a mágica é uma dessas coisas raras em que a concorrência só faz alimentar o consumo. Veja, se alguém assiste a um mágico A, vai querer ver mais mágica com um mágico B. O mágico A não pode ficar produzindo novo material todo dia, não se ele é um profissional. Nas palavras do mágico David Stone "Amador é aquele que faz mágicas diferentes para o mesmo público, Profissional é aquele que faz as mesmas mágicas para públicos diferentes". A referência a que David Stone faz é sobre o treino incessante necessário a uma apresentação profissional.
Mágica não é truque. O truque é apenas um dos elementos da mágica. Não há mágica se você não gerou um "Momento Extraordinário" - uma emoção dramática, onde o mundo da pessoa se parte por um momento. Se tudo que você fez foi um truque, então sua platéia apenas viu um quebra-cabeça. Isso não é arte.
Assim como o sabor, diferentes temperos aguçam o paladar, diferentes mágicos aguçam a percepção de apresentação deste gênero artístico. A diversidade enriquece a mágica, podendo, quem sabe, tornar Brasília um pólo nacional desta arte, assim como foi o Jazz em Paris na década de 60 e a pintura na Itália na Renascença.
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